

Por Equipe Ninecon
Tendo em vista as movimentações econômicas e o caminho tecnológico que o mundo tem trilhado, é certo que, em médio/longo prazo, o modelo Cloud de negócio terá sido fundamental para o aprimoramento da eficiência corporativa, tanto no âmbito privado quanto no setor público, além de funcionar como impulso à criação e o crescimento de novos negócios.
O impacto nos negócios e nos usuários finais será muito significativo. Cada vez mais indivíduos terão acesso aos seus documentos, caixa de correio, fotos e quaisquer outros dados e informações independente do dispositivo ou de sua localização geográfica. As empresas terão a opção de não mais investir up-front em equipamentos, mas poderão alugar “computing power” e storage de provedores externos e pagarão apenas pelo seu uso, como já é feito hoje com energia elétrica, por exemplo. Essas mudanças terão impactos profundos na estrutura dos custos das empresas e, portanto, poderão provocar um efeito significativo na geração de novos negócios e até mesmo no desempenho macroeconômico de um país. A publicação do The Economist, foi direto ao ponto: “The Internet disrupted the music business; Google disrupted the media; cloud-based companies could become disrupters in other inefficient industries”; em tradução livre: “A internet interrompeu o negócio da música; Google interrompeu a mídia; Empresas baseadas em Cloud podem interromper setores ineficientes.”
Os setores de TI, onde os custos são muito altos e impeditivos pelo modelo vigente, podem ser imensamente beneficiados com a propagação de ofertas de Cloud Computing, tendo em vista a eminente criação de novos negócios para atender tais esferas da economia.
O jornal The New York Times, por exemplo, precisava escanear todas as suas edições de 1851 a 1989 e, ao invés de adquirirem novos hardwares ou utilizarem seus recursos já sobrecarregados, eles digitalizaram e transferiram os arquivos em formato TIFF para a nuvem. O processamento, em cima de um dataset de 3 terabytes, levou 24 horas, usando 100 instâncias (servidores virtuais) e custou apenas 240 dólares. Se não fosse em cloud, seriam necessários meses apenas para adquirir e instalar 100 servidores, e a um custo de dezenas de milhares de dólares.
Mark Hurd, CEO da Oracle, previu, em uma das edições do Oracle OpenWord que, até 2025, todos os aplicativos nativos em cloud terão algum tipo de recursos de inteligência artificial. Também até 2025, 85% das interações com clientes serão automatizadas.
Para Hurd, a automação permitirá cortar significativamente o tempo para completar tarefas, liderar redução de custos com manutenção, além de criar empregos de alto valor, dos quais, cerca de 60% desses novos trabalhos de TI ainda não foram criados, mas estão no caminho para isso. “Não é eliminação de trabalhos. É livrar pessoas de trabalhos repetitivos.” O emaranhado de possibilidades que o Cloud nos oferece já está acontecendo. A computação em nuvem é um caminho sem volta, visto que a tecnologia reduziu ou até eliminou totalmente os custos com a compra de software e hardware, além de conferir agilidade ao processamento de dados e ajudar na criação de negócios disruptivos e inovadores, a direção mais adequada em meio a um mundo dinâmico e em constante evolução.